De onde vêm as cores do arco-íris?
Bruna Nicolielo (bruna.nicolielo@abril.com.br). Com reportagem de Tatiana Pinheiro
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Na dúvida?
As diferentes cores do arco-íris derivam
de processos físicos simultâneos que ocorrem quando a luz solar, branca,
atravessa gotículas de água presentes no ar e se decompõe em outras
cores, como mostrado no infográfico acima.
1. Refração Ao
passar de um meio (o ar) para outro (a gotícula de água), a luz solar
tem sua velocidade alterada. Com isso, muda também sua direção. Ao
voltar ao ar, a luz sofre outra refração.
2. Dispersão A
velocidade da luz solar se altera de forma diferente para cada
comprimento de onda. Como consequência, os desvios são diferentes. O
fenômeno provoca a decomposição da luz em várias cores.
3.
Reflexão No interior das gotículas, a luz do Sol decomposta
sofre mudanças de direção ao incindir sobre a superfície interna da
água. Em seguida, continua a se propagar. Depois, refrata-se de novo.
4.
Observação Uma pessoa no solo consegue ver as sete cores do
arco-íris (violeta, anil, azul, verde, amarelo, laranja e vermelho)
porque as luzes dispersas dentro de cada gotícula seguem em diferentes
direções. A luz branca, que dá origem às demais, é composta de luzes de
vários comprimentos de onda, indo do violeta (que tem cerca de 400
nanômetros) ao vermelho (de 700 nanômetros). Todas as luzes refletem e
refratam da mesma forma, mas só algumas delas chegam ao observador em
função da posição dele.
Criança e Adolescente
A importância do grupo para os jovens
Fundamental para o exercício de papéis sociais, o grupo ganha espaço na adolescência. Possibilidades e riscos são as marcas desse momento
Ana Rita Martins (ana.martins@abril.com.br)
A gte é skatista e compra os tênis e bonés tudo no mesmo lugar. É mó legal, eu reconheço os parceiros de longe qdo tô chegando na pista. Acho que é uma questão de estilo, a roupa tem td a ver com a vida da gte.
LINHA DE MONTAGEM Para se sentir aceito, é comum o jovem se vestir e agir de acordo com o estatuto do grupo
Ilustrações: Daniella Domingues
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Reportagens
- A busca da identidade na adolescência
- Para namorar sem riscos
- Pelo bem das próximas gerações, por Lídia Aratangy
Especial
Planos de aula
No livro O Mundo como Vontade e
Representação, o filósofo Arthur Schopenhauer (1788-1860) propõe
uma metáfora interessante sobre as relações humanas. Ele conta que um
grupo de porcos-espinhos perambulava num dia frio de inverno. Para não
congelar, chegavam mais perto uns dos outros. Mas, no momento em que
ficavam suficientemente próximos para se aquecer, começavam a se espetar
com seus espinhos. Então se dispersavam, perdiam o benefício do
convívio próximo e recomeçavam a tremer. Isso os levava a buscar
novamente companhia e o ciclo se repetia na luta para encontrar uma
distância confortável entre o emaranhamento e o congelamento.
Adolescentes não são porcos-espinhos, mas experimentam, na puberdade,
uma condição que os aproxima dos mamíferos descritos por Schopenhauer: a
convivência em um grupo. Afinal, ao fazer parte de uma reunião de
pessoas que têm algo em comum, o jovem consegue "calor" na forma de
aceitação e acolhimento. Ao mesmo tempo, precisa se defender dos
"espinhos", posicionamentos que se chocam contra a sua individualidade e
podem degenerar em preconceito e agressividade.
Não é exagero
dizer que a entrada em um grupo é um acontecimento inevitável na
passagem da infância para o mundo adulto. Faz parte do processo de
elaboração da identidade. Quando chega a puberdade, o adolescente não se
contenta mais apenas com a rede protetora da família e busca fora de
casa outras referências para se formar como sujeito. É por isso que,
nessa hora, os amigos crescem em importância. Por meio deles, o jovem
exercita papéis sociais, se identifica com comportamentos e valores e
busca segurança para lutar contra a angústia da solidão típica da fase.
Na escola, corredores e salas de aula costumam ficar apinhados de
adolescentes que se vestem, se penteiam e falam de forma parecida. Em
seu trabalho Psicologia de Grupo e Análise do Ego, o fundador
da Psicanálise, Sigmund Freud (1856-1939), diz que a pessoa só pertence a
um grupo quando entra num processo de identificação com os outros, ou
seja, quando constrói laços emocionais com base em objetos reais ou
simbólicos compartilhados. Isso quer dizer que toda coletividade tem um
código em comum que abarca desde ideias sobre o mundo até regras de
comportamento que passam por hábitos e vestuário.
Para se
afirmar entre seus pares e se sentir aceito e seguro, o jovem incorpora
esses traços, como indica a fala de Marcos*, 14 anos (leia o
destaque acima). Alçados à condição de símbolos de identificação
coletiva, tipos de bermuda ou boné, logotipos de movimentos culturais ou
políticos, discos de bandas de rock, piercings ou cortes de
cabelo se transformam em representação de ideais comuns, marcas de
pertencimento.
A disseminação dos grupos jovens como uma forma
de acolhimento ao fim da infância é um fenômeno relativamente novo. Até
meados do século passado, a entrada no mundo adulto costumava ser
marcada por ritos de passagem (a exemplo do que ocorre ainda hoje em
sociedades tradicionais, como as indígenas). No Brasil dos anos 1950,
por exemplo, a entrada na puberdade era assinalada pela substituição da
calça curta pela comprida (no caso dos meninos) e dos sapatos de salto
baixo pelos de salto alto (para as meninas). "Os ritos ajudavam os
jovens a se sentir valorizados, a processar essa mudança de fase e a
atribuir significados positivos a ela", argumenta Lidia Aratangy,
psicóloga e autora de livros sobre a adolescência.
Alguns
rituais ainda persistem, como o trote aos que passam no vestibular (a
diferença, nesse caso e em vários outros, é que o jovem passa a ser
aceito por outros jovens e não mais pelo conjunto da sociedade). Você
pode aprender muito sobre o universo adolescente olhando a constituição
das rodinhas em sala. Não se trata, óbvio, de tentar falar a linguagem
dos jovens, vestir-se como eles ou fazer-se de amigo. O objetivo é
observar em torno de quais ideias e valores eles se reúnem, incentivar
suas boas práticas e, eventualmente, aproveitar alguns temas próximos de
sua realidade para a discussão (desde que, é claro, estejam a serviço
da aprendizagem).
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Língua Portuguesa Fundamentos
Exposição "Menas" no Museu da Língua Portuguesa
Junto do curador e linguísta Eduardo Calbucci, Nova Escola visita a exposição "Menas - o certo do errado e o errado do certo", em cartaz no Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, entre os dias 16 de março e 27 de junho de 2010. A mostra trata da variedade linguística do Português falado no Brasil.
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Plano de Aula
50 ideias para 2010
Organizar bem seu tempo, planejar de acordo com as necessidades de cada aluno, promover um ambiente de cooperação... Confira essas e outras questões essenciais para o sucesso de seu trabalho na opinião de um grupo de 11 especialistas ouvidos por NOVA ESCOLA
Beatriz Santomauro (bsantomauro@abril.com.br)
Para ser um professor eficiente, não basta ter boa vontade. É preciso estudar muito e sempre, dedicar-se, planejar e pensar em diferentes estratégias e materiais para utilizar nas aulas. Para levar todos - sim, todos! - a aprender, é essencial ainda considerar as necessidades de cada um e avaliar constantemente os resultados alcançados. Apesar de complexo, esse não é um trabalho solitário: com os colegas da equipe docente, você deve formar um verdadeiro time, apoiado pelo diretor e pelo coordenador pedagógico da escola. Seu desempenho, no entanto, só será realmente bom se você conhecer o que pensam os alunos e considerar que as famílias são parceiras no processo de ensino.
Com o objetivo de ajudar na reflexão sobre todas essas questões que fazem parte do trabalho e pensar em como aprimorá-lo, NOVA ESCOLA listou 50 ações pedagógicas, divididas em oito categorias. Elas foram elaboradas por Alda Luiza Carlini, da Universidade Aberta do Brasil (UAB) e da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Christina DAlbertas, da Escola Vera Cruz, em São Paulo, Cleusa Capelossi, da Escola da Vila, também da capital paulista, e outros oito especialistas, que são citados nas próximas páginas desta reportagem.
Confira nas próximas páginas as ações propostas por eles. A sugestão é que você perceba o que já incorporou à sua prática e o que precisa incluir no seu dia a dia para fazer de 2010 um grande ano.
Leitores que sugeriram a reportagem: CAROLINE SILVA LEITE COELHO, São Gonçalo, RJ, SOCORRO CHRISTIANE DE PAIVA SOUSA NOLETO, Teresina, PI, SINARA DE CASTRO LIMA, Vianópolis, GO, NILTON CARLOS LOPES DA SILVA, Bertolínia, PI, MEIRE DE FATIMA SILVA OLIVEIRA, Monte Carmelo, MG, CARMALITA SOARES CHAVES ALMENDA, Marabá, PA, ROBERTO ACCIOLY CASADO, Maceió, AL, MÁRCIO DE LACERDA CARVALHO, Fortaleza, CE, RITA DE CÁSSIA ALMEIDA DOS SANTOS, São Bernardo do Campo, SP, ALEX FERRANTI PELICIOLI, Porto Alegre, RS, MARILIANA COSTA, Fortaleza, CE, MARIA MARINEIDE PIO, Pacajus, CE, e MARIA SILVIANE DE SOUSA, Itapipoca, CE
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Entrevista
Artigo
Aspectos do planejamento escolarPLANEJAMENTO
1. Adapte o currículo da rede à realidade
Um plano de trabalho anual baseia-se no projeto pedagógico e nas orientações curriculares da Secretaria da Educação e deve estar de acordo com as necessidades de aprendizagem dos alunos da instituição.
2. "O trabalho em classe depende do que é feito antes e depois dele. Por isso, estude o assunto e pense nas melhores maneiras de ensiná-lo. Crie as condições para a aprendizagem.
Priscila Monteiro, coordenadora da formação em Matemática da prefeitura de São Caetano do Sul, na Grande São Paulo, e selecionadora do Prêmio Victor Civita - Educador Nota 10
3. Administre bem o horário de trabalho
Distribuir os conteúdos pelo tempo das aulas é complicado. Para determinar as atividades prioritárias, baseie-se na experiência de anos anteriores e na de colegas. Pense na quantidade de horas que você vai dedicar aos estudos, à elaboração das aulas e à correção de tarefas.
4. Antecipe as respostas dos alunos
Cada problema proposto por você provoca um efeito no grupo. Os alunos podem apresentar respostas e dúvidas variadas e seguir estratégias diversas de resolução. Antes de iniciar a aula, pense em intervenções que colaborem para todos avançarem em relação ao conteúdo tratado.ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO
5. Selecione os recursos para cada atividade
A escolha dos livros que serão consultados pela garotada e a organização de materiais como brinquedos, calculadoras, jogos e letras móveis enfim, de tudo o que será usado na aula - precisa ser feita com antecedência. Desse modo, todos terão à disposição os recursos mais adequados e úteis para a realização das diferentes tarefas.
6. Reorganize a sala de acordo com a tarefa
A adequação do ambiente é o primeiro passo para um trabalho produtivo. Por isso, deixe-o arrumado de forma compatível com a atividade a ser realizada. Ao encontrar o pátio com cordas e bolas ou uma sala escura para ouvir histórias de terror, todos se envolvem mais com a proposta de ação.
7. Aproveite todo o material disponível
Não deixe que computadores e materiais específicos para o ensino de Arte ou de Ciências, por exemplo, fiquem encaixotados por falta de iniciativa ou medo de que estraguem. Se isso ocorre em sua escola, procure uma formação específica para utilizar esses recursos adequadamente e compartilhe essa atitude com seus colegas.
8. Não tranque os livros no armário
Obras de diferentes gêneros que compõem o acervo da escola precisam ficar disponíveis para consulta ou leitura por prazer. Em vez de deixá-las em armários trancados, coloque-as em uma sala de fácil acesso ou na própria classe, em prateleiras ou caixas à vista. Isso incentiva o hábito da leitura e o cuidado no manuseio das publicações.
9. Manter os trabalhos dos alunos expostos faz com que aprendam a apreciar e valorizar o que é do outro e acompanhar o que foi feito por todos.
Roberta Panico, coordenadora pedagógica do Centro de Educação e Documentação para Ação Comunitária (Cedac)GESTÃO DA SALA DE AULA
12. Exponha a rotina diariamente
É essencial mostrar o que você vai ensinar, explicitando os objetivos, o conteúdo tratado, em quanto tempo isso vai se dar e como será a dinâmica. Sabendo o que
têm a fazer, todos criam a expectativa correta diante da aula, se organizam melhor e se sentem mais seguros.
13. Negocie acordos com a garotada
Apenas exibir o regulamento que deve ser seguido na escola não convence crianças e jovens e, por isso, não funciona. Os famosos combinados também só são bem aceitos quando feitos coletivamente e não impostos por você de maneira disfarçada. Assim todos veem sentido nas regras e passam a adotá-las.
14. Tenha interesse pelas ideias dos estudantes
Ao propor atividades instigantes, em que são levantadas hipóteses, conheça o pensamento de cada um. O que eles dizem sobre aquele assunto? Esse conhecimento é fundamental para conduzir a aula. Em vez de apenas corrigir erros, encaminhe o raciocínio dos alunos para que solucionem o problema.
15. A lição de casa deve ser um momento individual de estudo, descoberta e reflexão. Seu objetivo não é, nem de longe, a repetição de exercícios que só reproduzem conteúdos vistos em classe.
Karla Emanuella Veloso Pinto, Educadora do Ano do Prêmio Victor Civita - Educador Nota 10 de 2009 e professora de Geografia do Centro Educacional NDE UFLA, em Lavras, MG
16. Enriqueça seu trabalho com as parcerias
Se sua escola tem acordos com outras instituições, utilize os recursos disponibilizados por elas da melhor forma possível. Lembre-se de que essa ajuda deve complementar ou aprimorar atividades que estejam de acordo com o projeto pedagógico da escola e com os objetivos de seu planejamento.RESPEITO À DIVERSIDADE
17. Ao formar grupos, junte saberes diversos
Seu papel na divisão da classe para atividades em equipe é fundamental. Considere muito mais do que afinidades e reúna aqueles com conhecimentos diferentes e próximos, que têm a aprender e ensinar. Explique que todos precisam atuar juntos para trocar informações o que é diferente de cada um fazer uma parte da tarefa e juntar tudo no fim.
18. Acompanhe quem tem mais dificuldade
Não existem turmas homogêneas. Para atender os estudantes com diferentes graus de desenvolvimento, são necessárias estratégias variadas. Pense, com antecedência, em atividades que podem ser mais adequadas e desafiadoras para aqueles que não estão no mesmo nível da maioria.
19. Considere e valorize as competências
Para que aqueles que apresentam necessidades educacionais especiais a-prendam como os demais, busque a-juda na sala de recursos para fazer a-daptações em relação aos materiais usados, ao tempo reservado para as tarefas, aos conteúdos ensinados e ao espaço. Assim, o foco das propostas deixa de ser a deficiência e passa a ser as possibilidades dos alunos.
20. Valorize sua relação com a criança que tem algum tipo de deficiência para reconhecer suas necessidades: nada substitui o vínculo e o olhar observador.
Daniela Alonso, consultora na área de inclusão e selecionadora do Prêmio Victor Civita - Educador Nota 10
21. Fique atento à experiência de todos
Em uma sala de aula, cada um tem uma história, vem de uma família diferente e tem uma bagagem de experiências culturais. Valorize essa heterogeneidade e note que a turma não tem uma só identidade, mas é o resultado das características de cada indivíduo.
22. Crie um ambiente de aceitação
Seu papel também é garantir que se estabeleçam relações de confiança e respeito. Por isso, torne constantes as propostas que proporcionam a cooperação, a amizade, o respeito às diferenças e o cuidado com o outro.
23. Dê o exemplo e não se omita no dia a dia
Assistir a uma situação em que ocorrem desrespeito ou preconceito sem reagir não condiz com o trabalho docente. Ao ser omisso, você passa uma mensagem à meninada. Por isso, destaque os comportamentos éticos e não deixe que outro tipo de relação faça parte da rotina da escola.AVALIAÇÃO
24. Faça sempre o diagnóstico inicial
Antes de ensinar um conteúdo, faça o diagnóstico. Ele é uma ferramenta rica para registrar em que nível cada um está e o que falta para que os objetivos propostos sejam alcançados. Além disso, considere essas informações até o fim do ano. Elas são úteis para a análise do percurso da garotada.
25. Diga ao aluno o que espera dele
Os critérios de avaliação devem estar sempre claros. Só quando o estudante sabe os objetivos de cada atividade e o que você espera, ele passa a se responsabilizar pelo próprio aprendizado. Essa prática é ainda mais importante do 6º ao 9º ano, quando há vários professores e é preciso coordenar diferentes maneiras de trabalho.
26. Documente os trabalhos significativos
Registrar as atividades e guardar as produções mais relevantes é importante para analisar o percurso de cada um e o que foi vivido em sala. Esse material é útil tanto para você orientar as próximas intervenções como para os pais e futuros professores conhecerem a vida escolar de cada estudante.
27. Avalie o potencial de aprendizagem
Ao desafiar os jovens com questões sobre o que ainda não foi visto em sala, você analisa o percurso que estão construindo e a relação que fazem entre o conhecimento adquirido e informações novas.
28. Compartilhe os erros e os acertos
O principal objetivo das avaliações não deve ser atender à burocracia, ou seja, determinar as notas a ser enviadas à secretaria. A função delas é mostrar a você e à meninada o que foi aprendido e o que ainda falta. Por isso, compartilhe os resultados pontuando os erros e mostrando como podem ser revistos.
29. Na hora de avaliar, note três aspectos: o avanço de todo o grupo, as mudanças de cada estudante e o aprendizado dele em relação à turma.
Lino de Macedo, professor do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP)
30. Use a avaliação para mudar o rumo
Propostos durante todo o ano, provas, seminários, relatórios e debates mostram o que a garotada aprendeu ao longo do processo. Essas ferramentas só são úteis quando servem para você redirecionar a prática e oferecer pistas sobre novas estratégias ou como trabalhar conteúdos de ensino.
31. Reflita sobre sua atuação para melhorar
A autoavaliação é preciosa para ajudar a perceber fragilidades. Todos os dias, ocorrem situações que permitem repensar o trabalho em sala e o contato estabelecido com a equipe e a família dos alunos. Coloque essas práticas em xeque: alcancei os objetivos? Consegui ensinar os conteúdos previstos? Em que preciso melhorar? Tendo isso claro, fica mais fácil buscar alternativas.RELAÇÃO COM A COMUNIDADE
32. Paute as reuniões com os pais
Os assuntos tratados em cada encontro devem ser determinados de acordo com o que está sendo desenvolvido naquele momento com os alunos. Liste o que é relevante para os pais saberem e agende a reunião em um horário compatível com a rotina dos pais.
33. Faça parcerias com os responsáveis
A reunião de pais não é o momento de críticas, mas de favorecer a participação e a parceria deles com você. Para isso, diga como a escola vê o processo de aprendizagem e mostre a produção dos alunos.
34. Informe-se sobre os familiares
Durante as reuniões, peça que os pais se apresentem e digam o que fazem. Anote tudo. Essas informações são valiosas para conhecer as profissões deles e pensar de que forma podem colaborar no desenvolvimento dos projetos didáticos.
35. Muitos pais não se manifestam nas reuniões porque não sabem quais são os objetivos da escola. Quando o professor apresenta informações como essas, a participação aumenta.
Ana Amélia Inoue, coordenadora do Instituto Pedagógico Acaia, em São Paulo, SP, e selecionadora do Prêmio Victor Civita - Educador Nota 10
36. Resolva as questões recorrentes
As reclamações citadas com frequência pelos pais devem, sempre que possível, ser levadas em conta para que sejam solucionadas rapidamente. Dar atenção às falas legitima a participação deles.
37. Olhe para o entorno e participe
Levando em conta as características e as necessidades da comunidade em que está inserida a escola, proponha maneiras de organizar ações com o objetivo de alcançar o bem-estar comum e participe dos movimentos realizados pelos moradores, como o plantio de árvores no jardim e a reivindicação de segurança em relação ao trânsito local.TRABALHO EM EQUIPE
38. Planeje com a ajuda dos colegas
Uma aula só é boa se é bem preparada. Aproveite o horário de trabalho pedagógico coletivo para isso. Você pode compartilhar ideias, articular conteúdos e planejar projetos em conjunto, medidas indispensáveis para construir uma escola de qualidade.
39. Recorra ao coordenador pedagógico
Para pensar as avaliações, dar ideias sobre materiais de uso em sala ou como trabalhar determinado conteúdo, o coordenador pedagógico é um belo parceiro. Convide-o a observar as aulas e indicar atividades e formas de aprimorar sua relação com o grupo.
40. Discuta sobre o ensino e a aprendizagem
Ao trocar ideias com outros professores, dê menos ênfase às questões de comportamento dos estudantes e mais às relativas à aprendizagem. Comente sobre o processo de cada aluno e questione se eles têm desempenho semelhante ao apresentado em suas aulas.
41. Priorize as relações profissionais
Uma boa convivência entre os colegas de trabalho deve ser pautada pelo conhecimento, pela colaboração e pela cooperação. É assim que se constrói um ambiente de troca de experiências profissionais. Não crie muitas expectativas: fazer amigos na escola é lucro.
42. Tanto professores mais experientes como profissionais mais jovens podem ser seus parceiros. Respeite as opiniões deles.FORMAÇÃO
43. Identifique e supere suas dificuldades
O primeiro passo para buscar mudanças é determinar suas falhas. Invista no que pode ser aperfeiçoado: peça ajuda à equipe pedagógica, que pode indicar livros, busque na internet orientações para suas dúvidas e converse com os professores para se aprofundar em determinados temas.
44. Mostre seu trabalho em outros lugares
Depois de organizar suas produções, compartilhe-as com os colegas. Conte a eles o desempenho das classes e o resultado das atividades. Para dar mais visibilidade e prestígio à sua carreira, amplie essa divulgação para a rede e inscreva-se em prêmios e congressos.
45. Aprenda com a prática dos outros
Os cursos de formação são os momentos mais ricos para conhecer educadores. As experiências trazidas por eles podem enriquecer seu repertório, ajudando a lidar com diferentes situações. Com a mediação dos docentes que ministram as aulas, você pode refletir sobre casos reais.
46. Continue os estudos para crescer sempre
Faz parte do trabalho docente pesquisar e ficar em dia com o que há de novo na área. Veja os programas disponíveis no Ministério da Educação (MEC) e na sua rede de ensino. Antes de se inscrever em cursos online, verifique qual a metodologia e o material didático adotados.
47. Use a tecnologia para ensinar
Muitos jovens devem ter melhor domínio do computador do que você. Se eles sabem usar a máquina, sua contribuição deve ser mostrar como ela pode ajudar a aprender os conteúdos. Procure capacitação para incorporar recursos que aprimorem o ensino da disciplina que você leciona.
48. Assista a palestras sobre sua área
Para conhecer resultados de uma nova pesquisa, se aprofundar em algum assunto e ampliar um saber, assistir a palestras é uma boa opção. Por ser uma atividade passiva, ela não substitui a formação em que há a troca de experiências entre profissionais.
49. O professor é alguém inspirador, seguido pelos alunos. Por isso, seja uma pessoa melhor ao diversificar seus interesses e conhecimentos e observar o mundo.
Ana Cláudia Rocha, diretora do Centro de Formação de Professores de São Caetano do Sul, SP
50. Procure planejar seu futuro
Quer trocar de área e de escola, cursar outra faculdade ou uma pós-graduação? Faça uma ampla pesquisa para acertar nas mudanças, alavancar sua carreira e se tornar um professor melhor.Quer saber mais?
CONTATOS
Alda Luiza Carlini, aldalu@pucsp.br, Ana Amélia Inoue, anainoue@gmail.com, Ana Cláudia Rocha, anarocha@dglnet.com.br, Christina DAlbertas, chrisdalbertas@terra.com.br, Cleusa Capelossi, cleusacapelossi@uol.com.br, Daniela Alonso, danielaalonso@terra.com.br, Karla Emanuella Veloso Pinto, karlaveloso4@gmail.com, Lino de Macedo, limacedo@uol.com.br, Marlene de Lima Ferreira,
marlene_paragominas@hotmail.com, Priscila Monteiro, pri.mon@terra.com.br, Roberta Panico, roberta@cedac.org.br
BIBLIOGRAFIA
A Prática Educativa, Antoni Zabala, 224 págs., Ed. Artmed, tel. 0800-703-3444, 51 reais
Avaliação Desmistificada, Charles Hadji, 136 págs., Ed. Artmed, 40 reais
Caminhos para a Inclusão, José Pacheco, 232 págs., Ed. Artmed, 58 reais
Ensaios Pedagógicos: Como Construir Uma Escola para Todos?, Lino de Macedo, 168 págs., Ed. Artmed, 38 reais
Escola Inclusiva e a Organização do Trabalho Pedagógico, Rosita Edler Carvalho, 152 págs., Ed. Mediação, tel. (51) 3330-8105, 38 reais
Manual de Portfólio, Elizabeth Shores e Cathy Grace, 160 págs., Ed. Artmed, 51 reais
Qualidade do Ensino: A Contribuição dos Pais, Vitor Henrique Paro, 128 págs.,
Ed. Xamã, tel. (11) 5083-4649, 20 reais
INTERNET
Em www.portaldoprofessor.mec.gov.br, você pode fazer downloads de apostilas sobre a prática docente.Continue lendo
IMPORTANTE
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Cabe a nós atender sua solicitação e ampará-lo, pois se depender do Governo (federal, estadual e/ou municipal) será seu fim!
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