Sala do professor
Escola e Comunidade
A parceria entre escola e comunidade é indispensável para uma Educação de qualidade e depende de uma boa relação entre familiares, gestores, professores, funcionários e estudantes. Neste especial, confira reportagens, vídeos e artigos fundamentais para se estabelecer um vínculo duradouro e produtivo entre a comunidade e a escola.
1. Reportagens
A escola da família
Aproximar os pais do trabalho pedagógico é um dever dos
gestores. Conheça aqui 13 ações para essa parceria dar resultado
Como atrair os pais para a escola
Veja como é possível estreitar a relação com a família e
formar uma parceria produtiva
Pais que seguem de perto a rotina
As famílias querem, sim, participar da vida escolar das
crianças. Veja como garantir o envolvimento desses parceiros
indispensáveis para uma boa Educação
Escola ou família, quem é a culpada?
É possível acabar com o jogo de empurra entre a família e a
escola sobre a incumbência pela formação de crianças e adolescentes.
Entenda como
Orientador Educacional: o mediador da escola
Elo entre educadores, pais e estudantes, esse profissional
atua para administrar diferentes pontos de vista
A escola com a cara da comunidade
Com a consulta aos pais e a participação de diretores,
professores e funcionários é possível construir uma proposta eficaz, que
atenda aos anseios da sociedade e às necessidades de aprendizagem dos
alunos
É preciso dizer não
Pesquisadora carioca diz que a escola deve mobilizar os pais
para a necessidade de impor limites e, assim, auxiliar na educação moral
dos filhos
A antropologia é útil na escola
Conhecer a cultura e as relações sociais da comunidade ajuda a
entender seus alunos e a ensinar melhor
10 passos para se sair bem na primeira reunião de pais
Depois da apresentação da proposta da escola pelo diretor, é a
sua vez de entrar em cena. Se você descrever o programa de sua
disciplina e a metodologia de forma clara e reservar um tempinho para
responder a dúvidas, vai fisgar a família e transformá-la em grande
aliada
Parceiros na aprendizagem
Abrir as portas à participação de familiares e da comunidade
ajuda os alunos a ter sucesso na vida escolar e colabora para diminuir a
evasão e a violência
Não culpe a família pelo desempenho do aluno
Reportagem explica que a ligação entre o mau desempenho
escolar e "famílias desestruturadas" não é automática
Boa educação além dos muros
Trabalhando com projetos, professores aproximam alunos da
comunidade e melhoram o rendimento
Todos pela qualidade
A forma como a escola usa o espaço, as relações interpessoais
e a interação com a comunidade também são importantes na Educação das
crianças
De portas abertas para a sociedade
Unir forças com as famílias, valorizar saberes locais e
encadear ações para o desenvolvimento das crianças. Essa é a base da
relação entre a escola e o entorno
Rede de Taboão da Serra incentiva professores a visitar
alunos em casa
Visita de docentes às casas dos alunos melhora a aprendizagem
na cidade paulistana de Taboão da Serra
2. Vídeos
Que relação deve existir entre família e escola?
Neste vídeo Heloisa Zymanski, professora de Psicologia da Educação
da PUC-SP, explica qual são as relações que devem existir entre famílias
e escolas.
O relacionamento entre pais e escola
Neste vídeo, pais e mães dizem de que forma acompanham os estudos de
seus filhos. A especialista Heloisa Zymanski, professora de Psicologia
da Educação da PUC-SP, fala sobre a relação entre famílias e escolas.
Buscar uma boa relação com a comunidade é papel da
escola
Ana Amélia Inoue, coordenadora do Instituto Pedagógico Acaia, em São
Paulo, SP, e selecionadora do Prêmio Victor Civita - Educador Nota 10,
aponta algumas medidas que os gestores podem implantar na escola para
melhorar a relação com os pais e responsáveis pelos alunos.
3. Artigos
Escola e família como parceiras
Educar depende de uma relação mais ampla entre os pais do aluno e os
professores do que a prevista em uma mera prestação de serviços
Família, criança e escola: um trio afinado
A família, que mais conhece a história da criança, é essencial na
relação com a escola e o atendimento especializado
O perfil da instituição está em construção constante e em articulação com toda a sociedade
O que é o Transtorno de Déficit de Atenção com ou sem Hiperatividade (TDAH)
Antes de sugerir que um aluno tem hiperatividade, veja se é sua aula que não anda prendendo a atenção. Cinco pontos essenciais sobre esse transtorno
Bianca Bibiano (bianca.bibiano@abril.com.br)
Mais sobre Comportamento
Reportagens
1. Agitação não é hiperatividade
Há dias em que alguns alunos parecem estar a mil por hora e nada prende a atenção deles. Isso não significa que sejam hiperativos. O problema pode ter raízes na própria aula - atividades que exijam concentração muito superior à da faixa etária, propostas abaixo (ou muito acima) do nível cognitivo da turma e ambientes desorganizados e que favoreçam a dispersão, por exemplo. Em outras ocasiões, as causas são emocionais. "Questões como a morte de um familiar e a separação dos pais podem prejudicar a produção escolar", diz José Salomão Schwartzman, neurologista especialista em Distúrbios do Desenvolvimento da Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo. Nesses casos, os sintomas geralmente são transitórios. Quando ocorre o TDAH, eles se mantêm e são tão exacerbados que prejudicam a relação com os colegas. Muitas vezes, o aluno fica isolado e, mesmo hiperativo, não conversa.
2. Só o médico dá o diagnóstico
Um levantamento realizado recentemente pela Unifesp aponta que 36% dos encaminhamentos por TDAH recebidos no setor de atendimento neuropsicológico infantil da instituição são originados da escola por meio de cartas solicitando aos pais que procurem tratamento para o filho. "Em muitos casos, o transtorno não se confirma", afirma Muszkat. A investigação para o diagnóstico costuma ser bem detalhada. Hábitos, traços pessoais e histórico médico são esquadrinhados para excluir a possibilidade de outros problemas e verificar se os aspectos que marcam o transtorno estão mesmo presentes. Como ocorre com a maioria dos problemas psicológicos (depressão, ansiedade e síndrome do pânico, por exemplo), não há exames físicos que o problema. Por isso, o TDAH é definido por uma lista de sintomas. Ao todo são 21 - nove referentes à desatenção, outros nove à hiperatividade e mais outros três à impulsividade.
3. Nem todos precisam de remédio
Entre os anos de 2004 e 2008, a venda de medicamentos indicados para o tratamento cresceu 80%, chegando a cerca de 1,2 milhão de receitas, segundo dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Diversos especialistas criticam essa elevação, apontando-a como um dos sinais da chamada "medicalização da Educação" - a ideia de tratar com remédios todo tipo de problema de sala de aula. "Muitas vezes, o transtorno não é tão prejudicial e iniciativas como alterações na rotina da própria escola, para acolher melhor o comportamento do aluno, podem trazer resultados satisfatórios", explica Schwartzwman. Quando a medicação é necessária, os estimulantes à base de metilfenidato são os mais prescritos pelos médicos. Ao elevar o nível de alerta do sistema nervoso central, ele auxilia na concentração e no controle da impulsividade. O medicamento não cura, mas ajuda a controlar os sintomas - o que se espera é que, juntamente com o acompanhamento psicológico, as dificuldades se reduzam e deixem de atrapalhar a qualidade de vida. Vale lembrar que o remédio é vendido somente com receita e, como outros medicamentos, pode causar efeitos colaterais. Cabe ao médico avaliá-los.
4. O diálogo com a família é essencial
Em alguns casos, os professores conseguem participar das reuniões com os pais e o médico. Quando isso não é possível, conversas com a família e relatórios periódicos enviados para o profissional da saúde são indicados para facilitar a comunicação. É importante lembrar ainda que não é por causa do transtorno que professores e pais devem pegar leve com a criança e deixar de estabelecer limites - a maioria das dificuldades gira em torno da competência cognitiva, da falta de organização e da apreensão de informações, e não da relação com a obediência. Durante os momentos de maior tensão, quando o estudante está hiperativo, manter o tom de voz num nível normal e tentar estabelecer um diálogo é a melhor alternativa. "Se o adulto grita com a criança, ambos acabam se exaltando rápido e, em vez de compreender as regras, ela pode pensar que está sendo rejeitada ou mal compreendida", diz Muszkat.
5. O professor pode ajudar (e muito)
Adaptar algumas tarefas ajuda a amenizar os efeitos mais prejudiciais do transtorno. Evitar salas com muitos estímulos é a primeira providência. Deixar alunos com TDAH próximos a janelas pode prejudicá-los, uma vez que o movimento da rua ou do pátio é um fator de distração. Outra dica é o trabalho em pequenos grupos, que favorece a concentração. Já a energia típica dessa condição pode ser canalizada para funções práticas na sala, como distribuir e organizar o material das atividades. Também é importante reconhecer os momentos de exaustão considerando a duração das tarefas. Propor intervalos em leituras longas ou sugerir uma pausa para tomar água após uma sequência de exercícios, por exemplo, é um caminho para o aluno retomar o trabalho quando estiver mais focado. De resto, vale sempre avaliar se as atividades propostas são desafiadoras e se a rotina não está repetitiva. Esta, aliás, é uma reflexão importante para motivar não apenas os estudantes com TDAH, mas toda a turma.
Biomas brasileiros: Parte 1 - mapeamento
Bloco de Conteúdo
Paisagem
Conteúdo
Paisagens
brasileiras
Mais sobre biomas brasileiros
Série sobre biomas brasileiros:
Planeta Sustentável:
Objetivos
Identificar
as características dos biomas brasileiros e avaliar a importância da
preservação de sua biodiversidade. Estabelecer relações entre as
coberturas vegetais, fauna, clima, relevo, solos e recursos hídricos em
biomas e ecossistemas situados no território brasileiro.
Ler e
interpretar informações em diferentes representações cartográficas.
Conteúdos
Biomas brasileiros:
caracterização, distribuição, usos, riscos e ameaças
Domínios
morfoclimáticos brasileiros
Seres vivos e meio físico: interações
ecológicas
Biodiversidade: níveis e escalas
Anos
6º ao 9º ano
Tempo estimado
6 aulas
Introdução
Esta sequência didática é
a primeira de uma série de oito propostas sobre os biomas brasileiros
para Ensino Fundamental II. A partir de pesquisas, produção de textos e
mapas, painéis e debates, os alunos vão entender a complexidade dos
biomas do país e avaliar sua diversidade natural, hoje ameaçada pela
expansão econômica e por algumas formas de uso e ocupação do território.
Nesta primeira sequência, a turma vai compreender os
conceitos de biomas e domínios morfoclimáticos e aprender as principais
características naturais do Brasil. Os estudantes vão entender, também,
quais os efeitos do uso e da ocupação da terra para a preservação da
diversidade natural brasileira. A segunda aula, que já está no ar, trata
especificamente do bioma Amazônia.
Nas seguintes, que são
publicadas quinzenalmente, os alunos vão analisar os demais biomas em
separado, de modo a aprofundar o conhecimento sobre eles. A série
terminará com dois planos de aula sobre os desafios para a conservação
da biodiversidade brasileira, em que a moçada deverá relacionar os
conteúdos aprendidos (confira o cronograma abaixo).
26/04
- Cerrado
10/05 - Caatinga
24/05 - Nos campos, no litoral, no
Pantanal
14/06 - Biomas brasileiros: o desafio da conservação (parte
1)
28/06 - Biomas brasileiros: o desafio da conservação (parte 2)
Desenvolvimento
1ª aula
Faça uma roda de conversa com a
turma sobre o que eles já sabem a respeito dos biomas brasileiros. Peça
que descrevam os aspectos naturais do local em que vivem e digam como se
inserem no quadro nacional.
Anote os resultados no quadro e
proponha que a turma realize uma atividade de campo, em que observem o
bairro ou município em que vivem. Para isso, divida os alunos em grupos e
peça que elaborem um pequeno roteiro de observação. Oriente-os a
incluir os seguintes pontos: espécies de plantas encontradas; porte da
vegetação; características dos solos: fauna associada: aspectos
climáticos, relevo e hidrografia.
2ª
aula
Organize a visita e escolha um local adequado para a
atividade – pode ser uma unidade de conservação no município, uma visita
à área rural, ou mesmo uma volta no bairro. Acompanhe os alunos durante
a atividade e aproveite para destacar as interações ecológicas do meio:
presença de umidade, porte da vegetação, luminosidade, relevo e
distribuição das plantas. Os registros podem ser feitos por escrito e
por meio de desenhos e fotografias.
3ª
aula
Já na sala de aula, peça que a turma finalize os
relatórios de observação. Se os alunos não conseguirem responder a todas
as questões do roteiro durante a atividade de campo, eles podem
realizar pesquisas na sala de aula ou na internet.
4ª aula
O passo seguinte é entender os
conceitos de bioma e domínio morfoclimático, e aprender quais os
ecossistemas presentes no território brasileiro. A partir daí, a turma
poderá relacionar as informações de sala de aula com os resultados do
trabalho de campo e entender como o local em que vivem se insere na
Geografia nacional. (Para saber mais, assista aos Vídeos
Planetinha. Informações sobre os biomas brasileiros, disponíveis no
site do Planeta Sustentável)
Comece a aula pedindo que os
alunos se reúnam nos grupos e observem o mapa e o quadro abaixo:
Brasil - Biomas
Biomas continentais brasileiros | Área aproximada (km2) | Área /total Brasil |
Bioma Amazônia | 4.196.943 | 49,29% |
Bioma Cerrado | 2.036.448 | 23,92% |
Bioma Mata Atlântica | 1.110.182 |
13,04% |
Bioma Caatinga | 844.453 | 9,92% |
Bioma Pampa | 176.496 | 2,07% |
Bioma Pantanal | 150.355 |
1,76% |
Área total do Brasil | 8.514.877 |
Com base neles, peça que os
alunos levantem as principais características dos biomas brasileiros.
Solicite que anotem as observações feitas e comente com eles os
resultados encontrados.
A turma deve perceber que o Brasil é
dividido em seis grandes unidades continentais, sendo a Amazônia a mais
extensa, recobrindo quase 50% do território nacional e parte de países
vizinhos como Peru, Bolívia, Colômbia e Venezuela. Do ponto de vista da
cobertura vegetal, explique que são florestas amazônicas, assim no
plural, pois temos as matas de terra firme, várzea e igapó.
Comente com a turma que outro bioma florestal, a mata Atlântica, está
associada à umidade e aos ventos alíseos vindos do oceano. Sua
distribuição azonal e suas altitudes variadas lhe conferem elevada
diversidade de plantas e animais. O bioma apresenta florestas costeiras e
interiores – ou de altitude – associadas a outros ecossistemas, como
matas de restinga, estuários, campos de atitude, manguezais, mata dos
pinhais e ilhas de cerrado. (Para saber mais, leia a reportagem Era
uma vez a Mata Atlântica, disponível no site do Planeta
Sustentável).
Somam-se a essas duas grandes áreas
florestais, as coberturas vegetais abertas – como os cerrados,
segundo maior bioma do país, a caatinga e os pampas – e o conjunto
complexo do Pantanal, uma grande planície de inundação recoberta em sua
maior parte por vegetação aberta.
Entendidos os biomas,
explique à classe que essa é a classificação do território mais usada
atualmente, mas existe também outra bastante importante, que eles já
devem ter ouvido falar: os domínios morfoclimáticos. Apresente aos
estudantes o mapa abaixo e peça que observem diferenças em relação ao
primeiro:
Ouça as sugestões da turma e explique a eles como surgiram os dois conceitos e suas características principais (sabia mais no texto abaixo).
Texto de apoio ao
professor - Biomas e domínios
morfoclimáticos
As diversas paisagens que se estendem
pelo globo terrestre podem ser agrupadas segundo alguns critérios,
capazes de agregar regiões com características semelhantes e facilitar o
entendimento dos fenômenos naturais e sociais. Quando falamos em
paisagens naturais, há dois conceitos importantes: bioma e domínio
morfoclimático.
De origem grega, a palavra bioma (bio = vida +
oma = grupo) foi utilizada pela primeira vez nos anos 1940 por Frederic
Clements para designar grandes unidades caracterizadas pela uniformidade
na distribuição e predomínio de espécies de flora e fauna, associadas a
relevo, solos e macroclimas. Mais tarde, a classificação foi
aprimorada, passando a designar grandes unidades com características
semelhantes no que se refere à sua fisionomia, formas de vida,
estruturas e fatores ambientais associados - clima, relevo, solos e
hidrografia.
O conceito de domínios morfoclimáticos (morpho =
formas + clima) foi proposto nos anos 1970 por Aziz Ab´Saber, sendo
utilizado para classificar as interações entre os elementos naturais
construídas ao longo do tempo. Os domínios se referem a unidades
paisagísticas a partir, em especial, das relações entre clima e relevo,
pontuadas por paisagens distintas geradas pela variação de fatores
naturais. Dentro do conceito de domínios, são valorizadas as faixas de
transição entre uma paisagem e outra, deixando claro que essa passagem
se dá de forma gradual e não abrupta.
Atualmente, predomina o
conceito de biomas, mas é importante que a turma entenda também a ideia
de domínios morfoclimáticos e consiga perceber que existem zonas de
transição entre uma paisagem e outra.
Para finalizar a
aula, comente com a turma os domínios morfoclimáticos do país. O
amazônico é um conjunto de terras baixas com florestas, sob clima
equatorial, com umidade constante (Para saber mais, leia o Especial
Amazônia, disponível no site do Planeta Sustentável).Os mares
de morros correspondem, por sua vez, a uma faixa com a presença de topos
de morros aplainados, convexos, como se fossem meias-laranjas,
recobertos em grande parte pela mata Atlântica. Entre outros conjuntos,
estão a depressão sertaneja – com a presença de caatingas – e os
chapadões do Planalto Central – com cerrados e matas-galeria
acompanhando os rios. Destaque no mapa a presença das faixas de
transição - como o agreste nordestino.
5ª
aula
Na quinta aula, discuta com a moçada os riscos e
ameaças aos biomas brasileiros, os limites do processo de ocupação e a
necessidade de medidas e políticas públicas de proteção. Peça que
examinem o mapa a seguir e comentem as principais informações
encontradas:
Brasil - Domínios naturais: limites e ameaças
Com base no mapa, discuta com a classe os
principais desafios de conciliar preservação com o desenvolvimento
econômico-social. Peça que a classe observe algumas consequências da
ação humana na natureza: desabamentos em morros sem cobertura de matas
em áreas urbanas da faixa litorânea, avanço da desertificação no sertão
nordestino e o arco do desmatamento na Amazônia oriental, área de
expansão de fronteiras econômicas.
Explique a eles que esses
problemas não surgiram recentemente, mas são o resultado de anos. Dê o
exemplo das matas Atlânticas, porta de entrada para a ocupação histórica
do território, hoje reduzidas a 7% de sua cobertura original, com
remanescentes que precisam ser preservados em sua biodiversidade. Diga a
eles que essas matas abrigam nascentes de cursos d’água e uma incrível
variedade de mamíferos, aves, répteis e anfíbios. Elas apresentam a mais
rica composição de mamíferos da América do Sul, com macacos-prego, o
muriqui, a onça-parda, a jagauatirica, quatis, gambás e outros, vários
deles sob ameaça.
Converse com a turma também sobre o
progressivo avanço da agricultura moderna sobre os cerrados e os riscos
da contaminação de cursos d’água no Pantanal (Para saber mais, leia o
artigo Cerrado,
um drama em silêncio, disponível no site do Planeta Sustentável).
Nos campos do sul, vem avançando a formação de areais, com visível
perda de solos e coberturas.
6ª aula
Para finalizar a atividade, peça que os alunos se reúnam nos grupos e
proponha que elaborem um painel sobre o tema: “Biomas brasileiros: um
mapeamento”. Explique à turma que eles devem representar em seus
trabalhos as características dos biomas existentes no país, destacar os
problemas enfrentados atualmente – podem ser feitas reproduções dos
mapas analisados, acompanhadas de fotografias e ilustrações – e
relacionar os traços e elementos naturais encontrados no trabalho de
campo ao bioma correspondente. Acompanhe o trabalho dos grupos e
esclareça possíveis dúvidas.
Como atividade de casa, solicite
que cada aluno elabore um texto resumindo os conceitos aprendidos nesta
sequência didática. Explique que o material será usado como apoio para
as próximas aulas, em que eles vão analisar, em profundidade, cada um
dos biomas brasileiros.
Avaliação
Leve em conta a participação de cada aluno nas tarefas individuais e
coletivas e sua contribuição para o enriquecimento das discussões.
Avalie a produção de textos – relatórios, sínteses, legenda para o
painel – e a organização de textos e imagens no painel, considerando as
características dos gêneros e a clareza e organização textual. Observe
também o domínio de conceitos apresentados em sala. Se possível, reserve
tempo para que a turma avalie a experiência.
Quer saber mais?
Bibliografia
A escultura da
Terra. Domínios morfoclimáticos, Aziz Ab’Saber, Edart/Funbec, 1975
A
ferro e fogo: a história e a devastação da Mata Atlântica brasileira,
Warren Dean, Companhia das Letras, 1996.
A conservação de florestas
tropicais, Sueli A Furlan e João C. Nucci, Atual, 1999
Internet
Fundação
SOS Mata Atlântica. Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais-INPE.
Atlas dos remanescentes florestais de Mata Atlântica 2005-2008
IBAMA. Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis
Instituto
Socioambiental. Almanaque Brasil Socioambiental. São Paulo: ISA, 2004
Mapa
de Biomas do Brasil. IBGE/Ministério do Meio Ambiente (interativo)
Ministério
do Meio Ambiente. Biodiversidade e florestas
O que é Sala de Recursos?Direito dos alunos e dever da escola.
As
pessoas com necessidades educacionais especiais têm assegurado pela
Constituição Federal de 1988, o direito à educação (escolarização) realizada em
classes comuns e ao atendimento educacional especializado complementar ou
suplementar à escolarização, que deve ser realizado preferencialmente em salas
de recursos na escola onde estejam matriculados, em outra escola, ou em centros
de atendimento educacional especializado. Esse direito também está assegurado
na LDBEN – Lei nº. 9.394/96, no parecer do CNE/CEB nº. 17/01, na Resolução
CNE/CEB nº. 2, de 11 de setembro de 2001, na lei nº. 10.436/02 e no Decreto nº.
5.626, de 22 de dezembro de 2005.
O Atendimento Educacional Especializado é uma forma de garantir que sejam
reconhecidas e atendidas as particularidades de cada aluno com Necessidades
Educativas Especiais. Este pode ser em uma Sala de Recursos Multifuncionais, ou
seja, um espaço organizado com materiais didáticos, pedagógicos, equipamentos e
profissionais com formação para o atendimento às necessidades educacionais
especiais, projetadas para oferecer suporte necessário às necessidades
educacionais especiais dos alunos, favorecendo seu acesso ao conhecimento. Esse
atendimento deverá ser paralelo ao horário das classes comuns. Uma mesma sala
de recursos, conforme cronograma e horários pode atender alunos com, altas
habilidades/superdotação, dislexia, hiperatividade, déficit de atenção ou
outras necessidades educacionais especiais.
...uma nova gestão dos sistemas educacionais prevê a prioridade de ações de
ampliação do acesso à Educação Infantil, o desenvolvimento de programas para
professores a adequação arquitetônica dos prédios escolares para a
acessibilidade. Preconiza também a organização de recursos técnicos e de
serviços que promovam a acessibilidade pedagógica e nas comunicações aos alunos
com necessidades educacionais especiais em todos os níveis, etapas e
modalidades da educação. ( ALVES, 2006, p. 11)
Os princípios para organização das salas de recursos multifuncionais partem da
concepção de que a escolarização de todos os alunos, com ou sem necessidades
educacionais especiais, realiza-se em classes comuns do Ensino Regular, quando
se reconhece que cada criança aprende e se desenvolve de maneira diferente e
que o atendimento educacional especializado complementar e suplementar a
escolarização podem ser desenvolvidos em outro espaço escolar.
Freqüentando o ensino regular e o atendimento especializado, o aluno com
necessidades educacionais especiais tem assegurado seus direitos, sendo de
responsabilidade da família, da Escola, do Sistema e da sociedade.
AS Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica, 2001, em
seu artigo 2° orientam que: “Os sistemas de ensino devem matricular todos os
alunos, cabendo às escolas organizar-se para o atendimento aos educandos com
necessidades educacionais especiais, assegurando as condições necessárias para
uma educação de qualidades para todos”. (Alves, 2006, p.11)
O atendimento educacional especializado constitui parte diversificada do
currículo dos alunos com necessidades educacionais especiais, organizado
institucionalmente para apoiar, complementar e suplementar os serviços
educacionais comuns. Dentre as atividades curriculares específicas
desenvolvidas no atendimento educacional especializado em salas de recursos se
destacam: o ensino de Libras, o sistema Braille e o soroban, a comunicação
alternativa, o enriquecimento curricular, dentre outros, até mesmo o apoio
educacional aos professores que estão na sala de aula com o aluno.
Esse atendimento não pode ser confundido com reforço escolar ou mera repetição
dos conteúdos programáticos desenvolvidos na sala de aula, mas devem constituir
um conjunto de procedimentos específicos mediadores do processo de apropriação
e produção de conhecimentos.
Os alunos atendidos na Sala de Recursos são aqueles que apresentam alguma
necessidade educacional especial, temporária ou permanente. Entre eles estão os
alunos com dificuldades acentuadas de aprendizagem ou limitações no processo de
desenvolvimento que dificultam o acompanhamento das atividades curriculares, os
alunos com dificuldades de comunicação e sinalização diferenciadas dos demais,
os alunos que evidenciem altas habilidades/superdotação e que apresentem uma
grande facilidade ou interesse em relação a algum tema ou grande criatividade
ou talento específico. Também fazem parte destes grupos, os alunos que
enfrentam limitações no processo de aprendizagem devido a condições,
distúrbios, disfunções ou deficiências, tais como: autismo, hiperatividade,
déficit de atenção, dislexia, deficiência física, paralisia cerebral e outros.
O professor da Sala de Recursos (formado em Pedagogia/Educação Especial) deve
atuar, como docente, nas atividades de complementação ou suplementação
curricular específica que constituem o atendimento educacional especializado;
atuar de forma colaborativa com o professor da classe comum para a definição de
estratégias pedagogias que favoreçam o acesso do aluno com necessidades
educacionais especiais ao currículo e a sua interação no grupo; promover as
condições de inclusão desses alunos em todas as atividades da escola; orientar
as famílias para o seu envolvimento e a sua participação no processo
educacional; informar a comunidade escolar a cerca da legislação e normas
educacionais vigentes que asseguram a inclusão educacional; participar do
processo de identificação e tomada de decisões acerca do atendimento às
necessidades especiais dos alunos; preparar material específico para o uso dos
alunos na sala de recursos; orientar a elaboração de material
didático-pedagógico que possam ser utilizados pelos alunos nas classes comuns
do ensino regular; indicar e orientar o uso de equipamentos e materiais
específicos e de outros recursos existentes na família e na comunidade e
articular, com gestores e professores, para que o projeto pedagógico da
instituição de ensino se organize coletivamente numa perspectiva de educação
inclusiva.
AVALIAÇÃO DE ENCAMINHAMENTO DOS ALUNOS PARA SALA DE RECURSOS – DM
OBJETIVO
Sala
de recursos é a implementação de serviços de apoio pedagógico especializado
(SAPEs) e tem por objetivo melhorar a qualidade na oferta da educação especial
da rede estadual, mediante uma reorganização que favoreça a adoção de “novas
metodologias”, nas classes especiais bem como a inclusão gradativa do alunado
em classes comuns do ensino regular.
Resolução SE 11, de 31Jan-2008
Dispõe sobre a educação escolar de
alunos com necessidades educacionais especiais nas escolas da rede estadual de
ensino e dá providências correlatas
Atendimento escolar de alunos que apresentam necessidades educacionais especiais.(n.e.e)
o Preferencialmente, em classes comuns da rede regular de ensino, com apoio de serviços especializados organizados
o Adoção de projetos pedagógicos e metodologias de trabalho inovadores
Alunos com necessidades educacionais especiais
o Alunos com deficiência física, mental, sensorial e múltipla
o Alunos com altas habilidades, superdotação e grande facilidade de aprendizagem
o Alunos com transtornos invasivos de desenvolvimento
o Alunos com outras dificuldades ou limitações acentuadas no processo de desenvolvimento
Ingressantes na 1ª série ou transferidos para qualquer série
o Classes comuns do ensino regular
o Encaminhamento para SAPEs em Sala de Recursos, somente após avaliação pedagógica.
Atendimento
o Orientado por avaliação pedagógica realizada pela equipe da escola, formada pelo Diretor, Professor Coordenador e Professor da sala comum
o Apoio de professor especializado da Diretoria de Ensino e de profissionais da área da saúde
Conselhos de Classe/Ciclo/Série/Termo, ao final de cada ano
letivo:
o Aprovar relatório circunstanciado de avaliação, elaborado por professor da área contendo parecer conclusivo sobre a situação escolar dos alunos atendidos pelos diferentes serviços de apoio especializado
o Acompanhado das fichas de observação periódica e contínua, em conformidade com os Anexos I, II e III
Alunos com severo grau de comprometimento
o Necessidades de recursos e apoios que extrapolam comprovadamente as disponibilidades da escola
o Encaminhar às instituições especializadas conveniadas com a Secretaria da Educação
Alunos com significativa defasagem idade/série e severa deficiência mental ou grave deficiência múltipla
o Não atingindo parâmetros para a conclusão do ensino fundamental:
Expedir declaração com terminalidade específica de determinada série, acompanhada de histórico escolar e da ficha de observação contendo, de forma descritiva, as competências desenvolvidas pelo educando.
oEm casos plenamente justificados mediante relatório de avaliação pedagógica, com a participação e anuência da família, com parecer do Conselho de Classe e Série aprovado pelo Conselho de Escola e pelo Supervisor de Ensino.
Alunos com significativa defasagem idade/série e severa deficiência mental ou grave deficiência múltipla
o Articulação da escola com órgãos oficiais ou com Instituições parceiras do Poder Público para orientação às famílias para encaminhamento dos alunos a programas especiais voltados para o trabalho.
Serviços de Apoio Pedagógico Especializado (SAPEs)
o Atendimento prestado por professor especializado, em sala de recursos específicos
o Atendimento prestado por professor especializado, na forma de itinerância
Sala de Recursos
o Turmas
constituídas de 10 a
15 alunos
o Desenvolvimento de atividades que não deverão ultrapassar a 2 aulas diárias
o Comprovação de demanda avaliada pedagogicamente
o Atendimento de alunos de qualquer série, etapa ou modalidade do ensino fundamental ou médio
o Alunos cujo grau de desenvolvimento seja equivalente ao previsto para o Ciclo I
o Atendimento a alunos de uma única área de necessidade educacional especial
Professor de Educação Especial
o Atendimento prestado ao aluno
o Participar da elaboração da proposta pedagógica
o Elaborar plano de trabalho que contemple as especificidades da demanda existente
o Integrar os conselhos de classes/ciclos/séries/termos e participar das HTPCs e/ou outras atividades coletivas programadas
Professor de Educação Especial
o Orientar a equipe escolar quanto aos procedimentos e estratégias de inclusão dos alunos
o Oferecer apoio técnico pedagógico aos professores das classes comuns
o Fornecer orientações e prestar atendimento aos responsáveis pelos alunos bem como à comunidade
Relatório Pedagógico do professor da sala comum
o As informações a seguir são de uso exclusivo para a montagem do relatório com os alunos com N.E.E., que necessitam de atendimento na sala de recursos, ou seja, um embasamento de fatores para facilitar o seu trabalho. Portanto nenhum aluno será atendido sem o prévio relatório do professor da sala comum.
INFORMAÇÕES AO PROFESSOR DA SALA COMUM QUE ATENDE OS ALUNOS COM NEE
o Diário com informações sobre atividades diferenciadas referentes ao aluno
o Avaliação descritiva junto ao histórico do aluno
o Relatório do professor por disciplina: Português, Matemática, Artes e Educação Física
o Avaliar de acordo com a idade cronológica
o O professor da Sala comum deverá dispor da sua metodologia sempre contextualizada
o Organização de atitudes e limites dentro da conduta de trabalho do professor
o Regras, jogos com o lúdico melhorando a sua organização
o Entendimento da estrutura lingüística (vocabulário restrito), valorizando o desenvolvimento através das condutas. Estimular as atividades partindo do concreto
o O aluno deve vivenciar todos os momentos da escola (contexto)
o Professores da sala comuns com apoio da Sala de Recursos devem:
n Subsidiar
n Dar respaldo à equipe
o Independente das deficiências, o aluno deve compreender as regras e limites
AVALIAÇÃO
A) - INTERAÇÃO AFETIVA, SOCIAL E FAMILIAR.
1) Histórico do aluno
Descrição das características do aluno (sociabilidade e afetividade)
Relacionamento com a família e grupos
Expectativas da família
Antecedentes de atendimento (caso já tenha freqüentado outra escola)
Antecedentes de atendimento de outra natureza (clínicos e terapêuticos)
2) Relacionamento do aluno na escola onde está matriculado
Com os professores e colegas
3) Relacionamento do aluno com o professor especialista
4) Relacionamento com seu grupo social
B) - SUGESTÃO DE AVALIAÇÃO
Interesse
Atenção
Concentração
Execução da atividade
Resistência à fadiga
Pontualidade (freqüência do aluno)
Compreensão e atendimento a ordens
Desenvolvimento de habilidades de vida diária
Desenvolvimento de habilidades para a vida autônoma
Organização do material pessoal
Habilidade sensório-motora
Percepção e memória visual
Percepção e memória auditiva
Percepção de diferenças e semelhanças
Orientação temporal
Orientação espacial
Linguagem e comunicação oral
Linguagem e comunicação escrita
Raciocínio lógico-matemático
Expressão criativa
Conteúdos pedagógicos: referentes a leitura, escrita espontânea, base alfabética, interpretação de pequenos textos, percebendo qual a fase que o aluno se encontra
PALESTRA MINISTRADA PELAS PROFESSORAS : Francisca Eva dos Santos
Josenil Auxiladora de Moraes
Lucinete Regina da Silva
Maria Aparecida Figueiredo Meirelles
Marlene Mazzarello
TRANSTORNOS DE PERSONALIDADE
Personalidade é definida pela totalidade dos traços emocionais e de comportamento de um indivíduo (caráter). Pode-se dizer que é o "jeitão" de ser da pessoa, o modo de sentir as emoções ou o "jeitão" de agir.
Um transtorno de personalidade aparece quando esses traços são muito inflexíveis e mal-ajustados, ou seja, prejudicam a adaptação do indivíduo às situações que enfrenta, causando a ele próprio, ou mais comumente aos que lhe estão próximos, sofrimento e incomodação. Geralmente esses indivíduos são pouco motivados para tratamento, uma vez que os traços de caráter pouco geram sofrimento para si mesmos, mas perturbam suas relações com outras pessoas, fazendo com que amigos e familiares aconselhem o tratamento. Geralmente aparecem no início da idade adulta e são cronificantes (permanecem pela vida toda) se não tratados.
As causas destes transtornos geralmente são múltiplas, mas relacionadas com as vivências infantis e as da adolescência do indivíduo.
O tratamento desses transtornos é bastante difícil e igualmente demorado, pois em se tratando de mudanças de caráter, o indivíduo terá de mudar o seu próprio "jeito de ser" para que o tratamento seja efetivo.
Existem muitos tipos desses transtornos, como
se vê a seguir:
Transtorno de Personalidade Paranóide: | |
Indivíduos desconfiados, que se sentem enganados pelos outros, com dúvidas a respeito da lealdade dos outros, interpretando ações ou observações dos outros como ameaçadoras. São rancorosos e percebem ataques a seu caráter ou reputação, muitas vezes ciumentos e com desconfianças infundadas sobre a fidelidade dos seus parceiros e amigos. | |
Transtorno de Personalidade Esquizóide: | |
Indivíduos distanciados das relações sociais, que não desejam ou não gostam de relacionamentos íntimos, realizando atividades solitárias, de preferência. Pouco ou nenhum interesse em relações sexuais com outra pessoa, e pouco ou nenhum prazer em suas atividades. Não têm amigos íntimos ou confidentes, não se importam com elogios ou críticas, sendo frios emocionalmente e distantes. | |
Transtorno de Personalidade Esquizotípica: | |
Indivíduos excêntricos e estranhos, que têm crenças bizarras, com experiências de ilusões e pensamento e discurso extravagante. Falta de amigos e muita ansiedade no convívio social. | |
Transtorno de Personalidade Borderline: | |
Indivíduos instáveis em suas emoções e muito impulsivos, com esforços incríveis para evitar abandono (até tentativas de suicídio). Têm rompantes de raiva inadequada. As pessoas a sua volta são consideradas ótimas, mas frente a recusas tornam-se péssimas rapidamente, sendo desconsideradas as qualidades anteriormente valorizadas. Costumam apresentar uma hiper reatividade afetiva, em que as situações boas são ótimas ou excelentes, e as ruins ou desfavoráveis são péssimas ou catastróficas. | |
Transtorno de Personalidade Narcisista: | |
Indivíduos que se julgam grandiosos, com necessidade de admiração e que desprezam os outros, acreditando serem especiais e explorando os outros em suas relações sociais, tornando-se arrogantes. Gostam de falar de si mesmos, ressaltando sempre suas qualidades e por vezes contando vantagens de situações. Não se importam com o sofrimento que causam nas outras pessoas e muitas vezes precisam rebaixar e humilhar os outros para que se sintam melhor. | |
Transtorno de Personalidade Anti-social: | |
Indivíduos que desrespeitam e violam os direitos dos outros, não se conformando com normas. Mentirosos, enganadores e impulsivos, sempre procurando obter vantagens sobre os outros. São irritados, irresponsáveis e com total ausência de remorsos, mesmo que digam que têm, mais uma vez tentando levar vantagens. Podem estabelecer relacionamentos afetivos superficiais, mas não são capazes de manter vínculos mais profundos e duradouros. | |
Transtorno de Personalidade Histriônica: | |
Indivíduos facilmente emocionáveis, sempre em busca de atenção, sentindo-se mal quando não são o centro das atenções. São sedutores, com mudanças rápidas das emoções. Tentam impressionar aos outros, fazendo uso de dramatizações, e tendem a interpretar os relacionamentos como mais íntimos do que realmente são. | |
Transtorno de Personalidade Obsessivo-Compulsiva: | |
Indivíduos preocupados com organização, perfeccionismo e controle, sempre atento a detalhes, listas, regras, ordem e horários. Dedicação excessiva ao trabalho, dão pouca importância ao lazer. Teimosos, não jogam nada fora ("pão-duro") e não conseguem deixar tarefas para outras pessoas. | |
Transtorno de Personalidade Esquiva: | |
Indivíduos tímidos (exageradamente), muito sensíveis a críticas, evitando atividades sociais ou relacionamentos com outros, reservados e preocupados com críticas e rejeição. Geralmente não se envolvem em novas atividades, vendo a si mesmos como inadequados ou sem atrativos e capacidades. | |
Transtorno de Personalidade Dependente: | |
Indivíduos que têm necessidade de serem cuidados, submissos, sempre com medo de separações. Têm dificuldades para tomar decisões, necessitam que os outros assumam a responsabilidade de seus atos, não discordam, não iniciam projetos. Sentem-se muito mal quando sozinhos, evitando isso a todo custo. |
O tratamento desses transtornos baseia-se na Psicoterapia (de orientação analítica ou comportamental na maioria dos casos) e Psicanálise. Algumas vezes deve-se também tratar outros transtornos que se desenvolvem juntamente com esses, e na maioria das vezes, por causa desses. Aparece comumente depressão e ansiedade associados a esses transtornos. A procura pelo atendimento é geralmente estimulada pelos amigos e familiares, que são muito mais incomodados pelo transtorno que o próprio indivíduo. Não se pode esquecer que muitas dessas características fazem parte dos traços normais de muitos indivíduos, e somente quando esses traços são muito rígidos e não adaptativos é que constituem um transtorno.
PALESTRA ADMINSTRADA PELO PROFESSOR VALENTIM DOS SANTOS EM 13/04/1009Sala de professores